“Nos
últimos quatro anos, ela serviu como armadura, protegendo as crianças não do
que poderia vê-las, mas do que elas poderiam ver.”
Hoje a resenha é de um livro que me deixou meio assim
sabe, pensando nele por muito tempo. Algumas pessoas não gostaram, mas eu
gostei muito. A ideia de não abrir os olhos é assustadora do início ao fim.
O livro conta a história de Malorie e seus dois filhos pequenos, que lutam para achar um lugar
mais seguro para viverem, após ficarem presos em uma casa por quatro anos. Isso
aconteceu devido ao vírus terrível que atingiu todas as pessoas que ela
conhecia, e aparentemente, eles eram os únicos sobreviventes.
Todas as pessoas que tiveram contato visual com essa coisa
morreram. Antes de morrerem, elas surtavam de uma forma muito imprevisível.
Algumas ficaram fora de si, algumas se matavam e outras matavam qualquer pessoa
que estivesse na sua frente. E quem sobreviveu só tinha que ter um único
cuidado: ficar com os olhos completamente vendados e não abri-los jamais.
Na internet, a situação está sendo chamada de “o Problema”. Existe uma teoria bem disseminada segundo a qual, seja lá qual for “o Problema”, ele sem dúvida começa quando uma pessoa vê alguma coisa.
A casa onde viveram por tantos anos já estava em uma
situação crítica e os alimentos já estavam acabando. Malorie precisa tomar uma
decisão urgente. Sem ter o que fazer, ela decide ir embora com os filhos e enfrentar
o mundo fora das janelas protegidas pelos panos escuros.
Ela ficou sabendo que no final do rio da cidade havia
um abrigo para os sobreviventes, onde poderiam ficar tranquilos e terem uma
vida normal. Malorie já tinha deixado um barco na posição certa, rumo à direção
do abrigo. Ela colocou os filhos dentro do barquinho e partiram. Afinal, as
crianças foram treinadas para ouvirem qualquer movimento caso ela não pudesse
dar conta.
Lembrando que todo esse processo foi feito de olhos
vendados. Imagine a agonia!
À medida que viajam, Malorie volta no tempo em
pensamento, desde o início do surto e como foi parar naquela casa com seus
filhos.
O Garoto ouviu, diz a si mesma. O Garoto ouviu porque você o criou bem e agora ele escuta melhor do que jamais vai conseguir enxergar.
Malorie morava com a irmã Shannon, e já estava grávida
de seis meses quando o pior aconteceu. Shannon se suicidou no banheiro depois
de ver a tal coisa e os seus pais não atenderam mais o telefone. Sozinha e com
medo, Malorie decide ir até um refúgio aberto ao público localizado em Riverbridge.
Lá ela conhece cinco pessoas que também conseguiram sobreviver ao vírus. Eles mantém a casa abastecida e as janelas cobertas com panos pretos e tem um
esquema para aproximação de estranhos fora da casa. Mas certo dia um deles
aparece batendo na porta pedindo ajuda. Ele é um sujeito cético e possui muitas
filosofias e anotações sobre o surto. A partir dessa situação e de uma série de
acontecimentos terríveis, Malorie decide por fim sair da casa, após os quatro
anos.
O terror psicológico é intenso do início ao fim e a
agonia de não ver nada aumenta a cada capítulo. Com certeza o autor conseguiu
me atingir como ele queria, mesmo com acontecimentos inesperados no final da
leitura.
Para quem curte essa pegada de thriller, eu recomendo
sem dúvidas e até sugiro uma leitura de mente aberta.
Para mais informações sobre o autor e o livro, acesse
o Skoob clicando aqui!
Boa Leitura!
Amei a resenha! Quero muito ler esse livro!
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Beijos