Quem aqui adora bons contos de
terror? Nós gostamos!
E se eles forem extremamente
bizarros e apavorantes? Aí é melhor ainda *-*
Confira agora um grande achado de histórias
terríveis acontecidas em um vilarejo que ninguém nunca mais ouviu falar.
Desde o momento em que os escritos
de Elfrida Pimminstoffer foram entregues
ao tradutor Raphael Montes no ano de 2014, em um idioma
há muito tempo esquecido, ele jamais poderia imaginar o quão terríveis seriam
suas traduções. Os textos eram tão perturbadores que nem mesmo o único especialista
no idioma não teve interesse em traduzir. Com os dicionários que obteve e as pesquisas
intensas na internet, decidiu realizar a tradução por pura curiosidade.
O Vilarejo reúne sete contos baseados nos
pecados capitais cometidos pelos seres humanos: Luxúria, Gula, Ganância, Preguiça,
Ira, Inveja e Soberba.
Cada morador possui os seus segredos
e pecados, e terão que enfrentar todos eles para provar que são dignos de pena
e compaixão. A fome e o frio dizimaram a cidade. As pessoas estão ficando sem
opções e esperanças. Algumas já estão enlouquecendo. Será essa provação um
teste dos céus ou será que o ser maligno decidiu brincar com a sanidade do
pequeno vilarejo esquecido?
No primeiro conto, uma família
faminta sem a presença do pai será capaz de enfrentar o pecado da gula até que
o mesmo volte com os alimentos que tanto precisam? Felika, a mãe, terá compaixão dos seus vizinhos e dividirá a comida
com eles?
No segundo, duas irmãs gêmeas, Vonda e Velma, são crianças de treze anos e moram com a mãe e a irmã mais
velha, Vália. Velma é mais
inteligente e esperta e Vonda é a mais quieta. Mas Vonda é uma grande contadora
de histórias e guarda um segredo em relação ao namorado da irmã mais velha. E
nessa nova história precisa decidir que final dar a esse caso de amor. Quem
viverá entre Vália e Krieger? Sacrificará sua irmã amada ou
o homem que despertou um sentimento imaginável em sua mente?
Um forasteiro em busca de suas
filhas perdidas chega ao pequeno vilarejo. Os moradores precisam decidir o que
fazer com ele, já que o homem possui a pele negra e algumas deformidades. A
morte já era a votação máxima. Ao ver tamanha injustiça, a Sra. Helga decide abrigar o pobre homem. Era considerada como a
pessoa mais caridosa do local. Mas como sua caridade iria resistir a todos os
olhares e julgamentos preconceituosos? Ela dava moradia ao homem e em troca ele
ajudava com os afazeres. Será esse o modo certo de se tratar um visitante trabalhador?
Afinal, nenhum pagamento lhe era dado.
Jekaterina era doce e estudiosa. Mas a sua
vida mudou desde que Mikhail cruzou
o seu caminho. No quarto conto presenciamos a inocência de uma menina sendo
tirada por um homem extremamente pervertido e cruel. Para satisfazer seus
desejos, o mesmo captura Jekaterina e a obriga ir até a sua casa todos os dias sob
a ameaça de perder seu pai. Muito tempo se passou desde que conseguiu sair do
vilarejo, mas ela ainda precisava resolver essa pendência em sua vida. Era a
chance de provar o ditado que dizia “tudo que vai, volta”. A inocência e doçura
não eram mais suas características.
Sabe as filhas do homem negro que
chegou ao vilarejo? Sim, elas estavam no lugar, sobre a posse do ferreiro
exemplar da cidade chamado Ivan. Com
os lucros caindo e sua extrema falta de vontade de ir à luta, resolveu comprar
duas negras como escravas. Os créditos pelo aumento das vendas eram das irmãs
escravas, que trabalhavam mais de doze horas por dia em troca de algum alimento
fornecido por Ivan. E agora, com a chegada do homem negro, precisa se livrar do
mesmo, antes que seu segredo seja revelado e sua imagem de bom homem seja
jogada na lama.
No sexto conto, temos uma história
paralela. Latasha ficou órfã assim
que nasceu e sua avó, a sra. Branka,
decidiu criá-la. A educação e boa alimentação eram coisas que não faltavam para
Latasha e a sra. Branka nunca abriu mão disso, até o dia que seu contador a
visitou e incentivou a diminuição dos gastos, já que a falência estava próxima.
Cega pelo conselho, a sra. Branka cortou boa parte dos alimentos e todo o
estudo cedido a neta. Tomada pela tristeza, Latasha não vê mais nenhum futuro e
tudo o que lhe resta é cuidar de sua velha e demente avó.
E por último temos o retorno de Anatole, o marido da primeira história.
La fora suas forças estavam acabando. Sem comer e no meio do frio, sentiu-se
muito envergonhado por não conseguir cuidar de sua família. Iria morrer ali com
fome e esquecido. Mas a sua sorte estava preste a mudar. Um andarilho o
encontrou e lhe entregou alimento. Imensamente feliz e agradecido, voltou
correndo para a casa. Mas quando chegou uma cena terrível despertou a sua ira e
no mesmo instante cometeu um ato desumano a quem tanto amava. E agora que
estava sozinho, precisava dar fim ao seu sofrimento e demonstrar que realmente
estava arrependido por todo o seu fracasso como pessoa.
Sabe aquelas histórias rápidas que
prendem a sua atenção e que você quer saber como acaba? Foi isso que aconteceu
quando li O Vilarejo. Fiquei
impressionada com os contos. Não imaginava que seriam tão aterrorizantes. A
relação dos pecados capitais com os acontecimentos em um lugar sinistro e
esquecido foi o ápice do livro. Não tem como contar mais, ou seja, só lendo pra
entender.
E o que falar das ilustrações? Nada
né, porque elas dão aquele toque arrepiante especial na obra, além de expressar
exatamente as cenas mais “fortes” por assim dizer.
Se eu gostei? Com certeza sim! Para quem
é fã de um bom terror e procura algo pra ler nos intervalos, esse livro é
recomendadíssimo.
Para saber mais sobre o autor e o
livro, acesse o Skoob clicando aqui.
Ótima leitura!
Eu realmente não gosto de terror ! mas o livro parece ser bom para aqueles que gostam do gênero, a diagramação é linda ! parabéns a editora pelos detalhes
ResponderExcluirOlá, Ju.
ResponderExcluirJá li o livro e concordo com a sua visão: o livro realmente é composto de boas histórias rápidas e que prendem a atenção. Porém, confesso que saí meio decepcionado da obra. Eu esperava mais, sabe? Principalmente por causa da comparação com o King na capa. Estava algo mais profundo e acabei meio frustrado.
As ilustrações são mesmo maravilhosas. Um primor só!
Desbravador de Mundos - Participe do top comentarista de maio. Serão três vencedores!
Hey, tudo bom?
ResponderExcluirJá conhecia o livro, mas ainda não li. Quero muito ler, ele me chamou a atenção desde a primeira vez que vi algo sobre ele. Os contos parecem ser bem intrigantes, estou bem curiosa.
Eu ja tinha visto esse livro antes e sempre achei a premissa dele bem interessante. Além de achar muito genial o autor relacionar cada conto e os acontecimentos com cada um dos pecados capitais. E apesar de não gostar de histórias de terror, confesso que fiquei super curiosa para saber o que aconteceu com o homem da primeira história. E essas imagens com certeza deve dar um toque a mais ao livro.
ResponderExcluirAinda não sei se eu o lerei, já que tenho um coração fraco pra essas coisas kkk
Beijo!
Já tinha visto o livro porém a capa não me interessou muito, tenho que parar com esse costume.
ResponderExcluirGostei da resenha, parece ser um ótimo livros que contém ótimos contos. O que mais me interessou foi o último no qual Anatole volta, fiquei pensando se ele conseguiria voltar para sua família e trazer comida sem que a mesma tenha feito algo mas da para perceber que não foi isso que aconteceu, mas o que realmente queria saber foi o que ele fez no final. Enfim, parece ser muito bom, vou pensar em tirar um tempinho para ler, espero gostar tanto quanto você(ou até mais haha).
Oi Ju.
ResponderExcluirJá tinha ouvido falar no autor, e confesso que estou muito curiosa para ler e apesar de gostar muito do gênero Sou uma pessoa muito medrosa, então quando leio algum livro de terror fico dias sem dormir.
O que foi o caso ddo conto A máscara da morte rubra do Edgar Allan Poe, eu amei, mas o medo falou mais alto.
Pode demorar um pouco mais irei ler O Vilarejo com toda certeza.
Boa Tarde..
Olá!
ResponderExcluirQue bom que gostou da leitura! Eu já quero ler esse livro há algum tempo e com sua resenha fiquei mais curiosa!
As histórias vão se interligando, acho isso super bacana. As ilustrações são lindas!
Li o livro e amei os contos que tem nele, principalmente o último conto e o conto com a estória de Jekaterina e Mikhail. Gostei bastante ao todo, pra ser sincera, mas esperava mais com o mesmo se comparando ao King, não gosto quando há comparações pois isso acaba me decepcionando um pouco as vezes.
ResponderExcluirNão leio muito de terror pois são poucos que me chamam atenção, e esse por ser de contos não me chamou a atenção pois contos são sempre muito curtos e não dá para conhecer bem os personagens.
ResponderExcluir