segunda-feira, 9 de novembro de 2015

[Resenha #10] - Psicose




Hoje a resenha é de um clássico de época, que inspirou um filme que até hoje é lembrado por todos os fãs do terror e suspense. Psicose teve sua estreia no Brasil em 1961 e foi inspirado nesse livro de Roberto Bloch. Também teve uma leve pitada da história do assassino e homicida Ed Gein (1906 - 1984).



A história já começa de modo estranho, com um homem de 40 anos que ainda mora com a Mãe, que não tem independência alguma e que era mimado desde sempre. Um cara solteirão até que não é tão anormal, se não fosse pelos estranhos gostos que Norman Bates possuía e que você irá descobrir ao longo da leitura.

Paralelo a Norman e sua Mãe, temos Mary Crane, uma moça que sonhava em se casar e ter uma vida feliz com Sam, um rapaz tranquilo e dono do próprio negócio, que conheceu em um cruzeiro. Os dois já estavam fazendo planos, mas antes de tudo Sam precisava quitar algumas dívidas para lhe dar uma vida mais confortável. Ela até teve paciência, mas a oportunidade lhe caiu como uma luva. 40 mil dólares lhe vieram em boa hora, e ela não pensou duas vezes em roubar aquele dinheiro que lhe fora confiado e fugir para Fairvale encontrar seu amor. E foi isso que ela fez.

Se fosse religiosa, teria rezado. Como não era, sentiu uma curiosa sensação – que palavra era? – de predestinação. Como se tudo quanto acontecera tivesse fatalmente de ter acontecido. Ter-se enganado no caminho, parar naquele motel, encontrar aquele homem patético, assistir-lhe a explosão, ouvir-lhe a última sentença, que a fizera voltar a si...

Mas nessa fuga, Mary acaba se perdendo no meio da chuva e da escuridão, e quando o desespero começa a dominar sua mente, ela vê o letreiro do motel, piscando e piscando, e resolve se hospedar ali mesmo. Lá ela conhece o dono do lugar, o sujeito Norman Bates. Ele lhe parece um cara gentil e logo ela descobre que a Mãe de Norman estava muito doente e por isso o motel era gerenciado por ele.
Mary cai em si depois de um tempo de conversa com Norman e decide que pela manhã voltaria para devolver os 40 mil dólares que roubou, pois achava que não valia a pena continuar com esse plano.
Mas um dia se passou, dois dias, uma semana, e nada de Mary voltar.

Preocupada com o desaparecimento repentino de sua irmã, Lila resolve ir até Fairvale atrás de Sam, para saber se Mary o procurou durante essa semana. Mas acaba descobrindo que Sam não recebeu nenhuma visita e começa a achar tudo muito estranho e apavorante.
Cansada de ter calma, Lila resolve ir atrás de pistas no motel, já que o xerife da cidade não acredita que Norman tenha envolvimento com o seu sumiço, e Sam não a deixa sozinha. Os dois decidem investigar pessoalmente a versão de Norman e se hospedam no mesmo quarto onde Mary passou a noite. Lá encontram um brinco no qual Lila tinha certeza que era da irmã, mas o ponto vermelho e coagulado que ela vê naquela joia acaba revelando todos os mistérios obscuros do Motel, da Casa, da Mãe e do cara esquisito chamado Norman Bates.

Piscou os olhos diante de sua imagem refletida no espelho. Engraçado: como se esquecera! Devia fazer quase vinte anos. Naturalmente, o tempo é relativo. Isso disse Einstein, e Einstein não fora o primeiro a descobrir. Os antigos também sabiam, e o mesmo acontecia com alguns místicos modernos, tais como Aleister Crowley e Ouspensky. Tinha lido todos eles, tinha até alguns livros deles. A mãe não aprovava: dizia que essas coisas eram contrárias à religião, mas esse não era o verdadeiro motivo. Quando lia esses livros, deixava de ser o filhinho dela... Ficava adulto, se transformava num homem que estudava os segredos de tempo de do espaço, da dimensão e do ser.

A história é bem simples. Não tem grandes reviravoltas, mas tem grandes revelações. É um terror de época, mas parecido com contos de horrores americanos, pra ser contado em volta de uma fogueira à meia-noite! O transtorno psicótico era um tema bem controverso naquele tempo, principalmente quando o indivíduo vivia um tipo de “vida dupla”. Como não conseguia descobrir qual vida era realmente a sua, acabava cometendo alguns atos horríveis para fazer entender que ele era uma pessoa normal e que não apresentava riscos, ao contrário da outra pessoa que vivia dentro do seu corpo. É um tema bem complexo rs.

O final é surpreendente. Quando terminei de ler, fiquei pensando: Como pode isso? Que loucura. Mas como disse Norman Bates: Não há quem não seja meio louco de vez em quando...
 
Recomendo com certeza a leitura e em seguida, assistir o filme. Essa ordem é bem legal de se fazer, até pra entender as duas visões e as comparar.

Para quem ainda não se recorda do filme, aqui vai uma imagem que irá fazer toda a diferença, com certeza!




Para saber mais informações sobre o autor e o livro, acesse o Skoob clicando aqui!
 
Boa Leitura!

2 comentários:

  1. Olá!

    Há uma semana eu nem sabia que o filme era baseado em um livro (nunca tive muito interesse em procurar), agora porém, tem tanta gente falando sobre essa obra que também estou com vontade de ler :P

    Boas leituras!
    Café, Cartas e Cadernos

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    Respostas
    1. Olha, é tão bom quanto o filme. Leia sim porque vai gostar!
      Abs :)

      Excluir

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