Hoje a resenha é de uma nova
distopia que surgiu em 2015, chamada a Rainha Vermelha!
Se não me engano, a série será uma
trilogia e terá uma adaptação para o cinema.
Os prateados
eram nobres e viviam em grande luxo. Cada pessoa tinha um poder diferente, que
ia desde controlar elementos naturais, como o fogo e a água, até ler mentes e
controlar qualquer coisa e pessoa ao seu redor. Isso era o que os tornavam
especiais diante de toda a sociedade, já que podiam ter tudo e ninguém era
capaz de dizer não a uma ordem de um prateado.
Já os vermelhos
não tinham qualquer poder e desta forma viviam para servir os prateados, em
troca de poucas moedas e nenhum reconhecimento. Moravam em vilarejos pobres onde
sempre recebiam visitas de oficiais com o objetivo de realizar vistorias e
levar seus filhos maiores de 18 anos, sem emprego, para lutar na guerra.
Esta é a verdadeira distinção entre prateados e vermelhos: a cor do sangue. Esta única diferença os torna mais fortes, mais inteligentes e melhores que nós.
Mare era uma vermelha. Não tinha um
emprego fixo, não tinha notas boas e para ajudar de alguma maneira, roubava as
pessoas do próprio vilarejo. Seja uma carteira, um colar ou qualquer coisa que
pudesse ser vendida ou trocada no comércio. Sabia que logo seria a sua vez de
ir para a guerra, mas antes precisava livrar seu melhor amigo Kilorn.
Ele era aprendiz de pescador, mas com a morte de seu mestre, não tinha mais
esperança de se livrar da convocação.
Procurando uma maneira de salvar
Kilorn, Mare acaba conhecendo Farley, uma revolucionária da Guarda Escarlate que prometeu ajudar, se
recebesse um alto valor em troca. Farley liderava um grupo que planejava a todo
custo acabar com as injustiças que seu povo sofria, derrubando os prateados do
poder.
Sem dinheiro, Mare decide pedir
ajuda a sua irmã Gisa. Ela consegue
infiltrar Mare dentro da cidade dos prateados, para que ela consiga roubar o
máximo de coisas possíveis e valiosas. Só que tudo acaba saindo dos eixos
quando um ataque acontece e, devido a correria, Gisa tenta roubar uma bolsa e é
castigada cruelmente por um guarda prateado.
Com um grande remorso e frustação,
Mare vai para um beco e começa a bater carteira de todos os bêbados que saiam
de um bar, até que é surpreendida por um homem misterioso que lhe entrega algo
de muito valor. Isso poderia salvar Kilorn, mas já era tarde demais, pois
Farley já havia partido.
No dia seguinte, oficiais aparecem
do nada em sua casa dizendo que a mesma foi convocada para servir ao Rei Tibérias.
Na hora ela não entende nada, mas ao chegar à casa de verão real, reconhece o
homem misterioso do bar. Ele era o príncipe Cal, filho herdeiro do trono.
Achando que sua vida fosse mudar
devido ao novo emprego, Mare descobre que pode controlar a eletricidade quando
sua vida ficou em grande risco durante a apresentação para escolher a futura
noiva de Cal. Diante dessa demonstração ao resto dos prateados, a família real
não poderia permitir que todos soubessem que uma vermelha detinha algo assim
tão poderoso. A Rainha Elara obriga Mare a morar com eles e
dizer para todos que é uma prateada que foi adotada por uma família vermelha,
depois que seus pais morreram na guerra. Em troca pouparia sua família e seu
amigo da guerra, da fome e da morte.
Minha cabeça bate contra o escudo. Vejo estrelas. Não, não são estrelas. Faíscas. O escudo cumpre sua função: frita-me com raios elétricos. O uniforme queima, fica chamuscado, tostado. Aguardo o momento em que minha pele vai ficar assim também. Meu cadáver vai ter um cheiro ótimo. Mas, por algum motivo, não sinto nada. Devo estar com tanta dor que não sinto.Mas... então posso sentir. Sinto o calor das faíscas subindo e descendo pelo meu corpo, incendiando cada nervo. A sensação não é ruim, porém. Na verdade, me sinto viva.
Sem saída e prometida em casamento a
Maven,
segundo filho dos reis, Mare sente que mesmo assim pode ajudar a Guarda
Escarlate e o seu povo com os seus poderes, descobrindo as fraquezas dos
prateados convivendo entre eles. Tudo seria muito simples se não tivesse um
traidor entre o grupo.
O livro é uma mistura de outras
obras já conhecidas, como Jogos Vorazes, A Seleção e Divergentes. Não achei que
houve muita originalidade na escrita e nos acontecimentos. A única novidade que
teve foram os poderes dos prateados, mas nada de diferente dos poderes que
também já conhecemos. Eu até comentei no Skoob que teve uma pitada de X-Men rs.
Achei que o livro foi muito previsível. O que esperava ver de fato não aconteceu, dando a entender que só acontecerá
no 2º ou 3º. Mare era muito confusa e parece que não tinha um propósito
fixo. Ela queria ajudar a Guarda e o povo vermelho, mas ela mesma não sabia o
que queria. Uma hora se encantava e achava tudo lindo e do nada, sentia nojo e
achava tudo horrível. Fora que a palavra medo apareceu em quase todas as
páginas. Todo mundo tinha medo de todos e ninguém fazia nada. Ficou nisso até o
final do livro. A ênfase no vermelho e prateado compôs 70% da narrativa. Ok, já
entendi a diferença dos dois sangues, pode partir pra ação agora?
Apesar dos pontos negativos, houveram momentos em que eu me empolguei com a história, como as lutas protagonizadas por princesas, para atrair a atenção dos futuros príncipes. Elas eram meninas fortes e poderosas, ao contrário das princesas tradicionais que conhecemos. Sabem ser elegantes quando precisam e saber lutar pra valer quando são colocadas na arena.
Quero muito ler a continuação, pra saber o que acontecerá com os vermelhos e com os prateados.
Quero muito ler a continuação, pra saber o que acontecerá com os vermelhos e com os prateados.
Se eu recomendo? Sim, recomendo, mas
sugiro ler em um momento sem distopias na sua vida. Dá uma folga de uns 5 meses
e depois leia.
Para saber mais informações sobre o
livro e a autora, acesse o Skoob clicando aqui!
Ótima leitura!
Gostei da resenha ,uma sociedade dividida pelo sangue...
ResponderExcluirA Mare e seu novo poderes sua determinação em ajudar o grupo para acabar com os prateados do poder..Nunca lí o livro ,mais gostei da resenha bastante