Uma
história emocionante que me fez refletir e chorar por dentro. Duas pessoas que
mudaram suas vidas com pequenos gestos de carinho e amizade, e com isso se
tornaram inesquecíveis. Por um lado, uma decisão que já estava firmada, e por
outro, vários motivos para tentar que a mesma fosse extinta, foram os temas
abordados por Jojo Moyes no livro Como Eu Era Antes de Você.
Louisa, ou simplesmente Lou, não tinha mesmo muitas ambições na
vida, como estudar, conseguir um bom emprego, casar e sair da casa de seus
pais. Ela era feliz apenas com o que já tinha: um emprego de garçonete em um
café e suas roupas baratas e mega coloridas. Diferente de sua irmã mais nova,
Lou não era muito estudiosa e com 26 anos, ainda não tinha se matriculado em
uma faculdade ou em algum curso técnico. Como tudo não dura para sempre, Lou
acabou perdendo seu emprego no café, o que a deixou muito triste, já que era
uma renda que auxiliava nas despesas de casa, na verdade era a principal renda.
Sua mãe não trabalhava e seu pai estava a ponto de perder o seu emprego também.
Além do problema financeiro e da
falta do trabalho que tanto amava, Lou também tinha que enfrentar seu namorado Patrick. Eles estavam juntos há 7 anos,
mas a relação não caminhava para algo mais concreto e oficial. Patrick mudou
muito desde que começaram a namorar e agora era um cara atlético e meio
compulsivo por calorias e carboidratos. Lou já não estava mais feliz com o
relacionamento há muito tempo, mas se deixou acomodar.
Sem ter opções, Lou seguiu para o Centro de Empregos e depois de aceitar
alguns trabalhos ruins, decidiu dar oportunidade a um deles, que mudaria a sua
vida por completo, mesmo que ainda não soubesse disso.
“Ser atirada para dentro de uma vida totalmente diferente — ou, pelo menos, jogada com tanta força na vida de outra pessoa a ponto de parecer bater com a cara na janela dela — obriga a repensar sua ideia a respeito de quem você é. Ou sobre como os outros o veem”.
Will Traynor, ou simplesmente Will, é um homem de 36 anos, que adorava
esportes, andar de moto, seu emprego e sua namorada. Era cauteloso e cuidava
muito de sua saúde. Mas isso tudo agora não pertencia mais ao seu mundo. Tudo o
que gostava ou sonhada já não era mais motivo para mantê-lo vivo e confiante de
que as coisas ficariam bem.
Will sofreu um acidente terrível,
não ocasionado por ele, e ficou tetraplégico. Há dois anos passou a viver
enfiado em sua casa, que fora adaptada conforme suas necessidades, e não
conseguia sair de sua cadeira de rodas. Ele falava normalmente, mas só pode
mexer uma das mãos e a cabeça. Nathan era seu enfermeiro particular, mas a mãe
de Will precisava de alguém para ajudar com os cuidados médicos e acima de
tudo, que oferecesse esperança e alegria para o seu filho, já que eles tinham
feito um acordo que mudaria pra sempre a vida de todos.
E é nesse momento de desespero que
surge Louisa, a Abelha Atarefada.
Lou não era
uma moça de grandes ideias. Ela tinha o seu jeito natural de conquistar as
pessoas em sua volta. E foi assim que conseguiu se aproximar de Will e lhe proporcionar
momentos inesquecíveis ao seu lado, em alguns casos mais preciosos para ela. No
começo foi difícil, porque Will era sarcástico e mal-humorado, mas aos poucos isso
foi mudando. Ela tinha alguns meses para convencer Will que a vida valia sim a
pena, apesar de todas as dificuldades, mas é aí que a história começa a dividir
opiniões.
Até
que ponto podemos escolher o que uma pessoa deve fazer ou não?
Como podemos dizer
que uma coisa é melhor para quem já está totalmente decidido?
Podemos mesmo
interferir nessa decisão só porque temos a certeza que é a coisa certa?
Lou fez tudo o que pode para
melhorar a vida de Will. Não saia do seu lado, levava-o para passeios
incríveis, respeitando os seus limites, cuidava dele mesmo nos dias em que seu senso
de humor estava em -25% e tinha certeza que conseguiria mudar os seus
pensamentos cruéis. Queria muito que Will abrisse os olhos para o lado bom da vida.
Essa era a sua meta.
“Eu tinha de preencher os pequenos retângulos brancos do calendário com um monte de coisas que pudessem causar felicidade, alegria, satisfação ou prazer. Tinha de preencher os dias com todas as experiências incríveis que um homem que não mexia os braços nem as pernas não podia mais realizar sozinho... Eu dispunha de cento e dezessete dias para convencer Will Traynor de que ele tinha motivos para viver”.
Já Will
tinha outros planos. Queria mostra para Lou que a vida tem que ser aproveitada
ao máximo. Não gostava de ver ela enfornada naquela casa fria e sem vida.
Queria que ela voltasse a estudar, que tivesse um pouco de ambição e que aproveitasse
mais os tempos livres. O que ele não queria mesmo era que ela ficasse presa
nesse emprego. Presa a ele. Sabia que uma hora isso teria um fim e não poderia
admitir que Lou perdesse a sua vida e o seu progresso por causa dele.
Queria ficar por horas falando do
livro, porque ele é simples, de fácil leitura e porque a cada página que eu
lia, sentia meu coração se despedaçar, e sem seguida uma alegria imensa.
Concordei com a filosofia de Lou, com a sua determinação, mas também concordei
com o sofrimento de Will. A questão de vida e morte abordada pela autora é até
hoje uma questão muito delicada. Se fosse agora, comigo, não sei o que faria,
de verdade.
Acho que o final foi feliz para os
dois, mesmo depois de tanta tristeza e tantas desilusões.
Para saber mais informações do livro
e autora, acesse o Skoob clicando aqui!
Ótima leitura!
Oi Ju! Esse livro é uma delicia né? É o meu preferido entre os livros da Jojo. :)
ResponderExcluirEstou passando para conhecer o seu blog e dar as boas-vindas à Retrospectiva Literária! \o/ Agora falta pouco...
Beijos!
É verdade, esse livro é lindo demais. Não vejo a hora do lançamento da continuação. Menina, to atrasada com a minha retrospectiva rs. Vou ver se já deixo tudo pronto essa semana!
ExcluirBjs :)