Séries #4 - Documentário Amy: The Girl Behind The Name

Hoje o nosso Mundo Séries vai falar de um documentário que foi o vencedor do Oscar 2016, na categoria Melhor Documentário de Longa-Metragem.

Confira agora como os sucessos e os problemas de Amy Winehouse começaram.

Todos nós sabemos que Amy era uma cantora incrível, com uma voz sem igual, que nos arrepiava de tanta emoção aos ouvir suas músicas. Sabemos também que ela lidava com vários problemas com drogas e bebidas. E que esse vício descontrolado calou a voz dessa grande revelação musical.

Várias pessoas, anônimas ou não, começaram a fazer muitas piadas sobre a aparência de Amy, sobre as brigas com o marido Blake e sobre o excessivo consumo de álcool e drogas. Mas elas não estavam preocupadas de fato com a saúde da artista, e sim com os dólares que receberiam ao fotografá-la em momentos constrangedores e impróprios. Amy se tornou um objeto de lucro após seu descontrole emocional.

UM POUCO SOBRE AMY

Amy Jade Winehouse nasceu na cidade de Southgate, em Londres, e ingressou na carreira musical na adolescência, apresentando-se em pequenos clubes de jazz da cidade. Seu pai Mitchell Winehouse era motorista de taxi e cantor amador. Já sua mãe era farmacêutica.

Desde sua infância presenciou a infidelidade conjugal do seu pai. Após alguns anos eles finalmente se separaram, e Amy começou a ter problemas. Para evitar que as coisas piorassem para a neta, sua avó Cynthia a incentivou em se matricular em uma escola de arte, para que ela pudesse desenvolver e aprimorar a sua voz. Amy se matriculou, chegou até a ganhar uma bolsa de estudos, mas foi expulsa por má disciplina. Ao quatorze anos Amy se envolveu com drogas e foi morar sozinha.

Amy nunca desistiu de cantar. Sua voz era forte e marcante, e foi considerada como uma joia do Jazz. Suas músicas ganharam vários prêmios importantes e seus discos superaram recordes e recordes de venda.

O DOCUMENTÁRIO

A ideia de criar um documentário foi justamente para mostrar a pessoa por trás da artista, com seus sonhos, amores, problemas e decepções. Para isso, Asif Kapadia realizou uma extensa pesquisa que incluiu diversas fotos, depoimentos de produtores, melhores amigos, familiares e pessoas próximas, apresentações em shows e TVs, além de vídeos caseiros e cenas dos bastidores. Acredito que de fato ele conseguiu reunir o melhor de Amy.

“Este filme é sobre a Amy. Foi feito para mostrar ao mundo quem ela realmente era. Não uma pessoa de tabloides, mas uma garota linda, uma alma maravilhosa, engraçada, inteligente, graciosa... alguém especial, alguém que necessitava cuidado.”

MINHA ANÁLISE E AVALIAÇÃO

Apesar de toda fama e de todo o dinheiro, Amy não era feliz. Sempre faltava algo. Seus amigos e produtores lutaram muito para que ela não fosse vencida pelos vícios. Eles sempre estavam disponíveis, a qualquer hora e momento.

Uma frase que Salaam, um dos produtores e amigo de Amy, faz a gente refletir sobre estar ou não preparado para enfrentar um grande público. Ele disse mais ou menos isso: “Cantores de jazz são muito reservados. Eles não gostam de grandes públicos. Será que Amy foi bruscamente impactada por essa multidão, sem mesmo querer isso pra sua vida?”. Quando você acompanha o assédio da imprensa sobre sua vida pessoal, dá pra notar que talvez esse mundo não fosse de fato feito pra ela. Mas então por que ela entrou nesse meio? E é ai que a polêmica começa.

O pai de Amy disparou duras críticas pelas redes sociais em relação ao documentário, após ele ter ganhado o Oscar. Disse que quem ganhou foi apenas Asif e não sua filha, no qual tratou de Minha Bebê. Há quem acredite e fique ao lado de Mitchell, e há quem acha que ele só se interessava pela fama e pelos compromissos profissionais da filha. Mas somente assistindo pra saber quem tem ou não razão sobre a personalidade do pai de Amy.

E se não bastasse tudo isso, Amy conheceu Blake. Ele também usava drogas. O cara foi uma péssima influencia para a cantora, mas o amor que ela sentia por ele era verdadeiro. Após um episodio na vida de Blake, Amy ficou extremamente depressiva e sem vontade de seguir em frente. A barra foi muito pesada para aquela menina doce e amável que Amy fora no início de sua adolescência.

MÚSICAS

As composições de Amy eram extremamente pessoais. Ela escrevia sempre o que estava sentindo naquele determinado momento, sobre a situação que acabou de viver ou simplesmente o que estava passando em sua mente.  Ela sempre escreveu poesias e isso facilitou a adaptação para as canções. A canção mais famosa que retrata seu problema com as drogas é Rehab.

“Tentaram me mandar pra reabilitação

Eu disse "não, não, não"

É, eu estive meio caída, mas quando eu voltar

Vocês vão saber, saber, saber

Eu não tenho tempo

E mesmo meu pai pensando que eu estou bem

Ele tentou me mandar pra reabilitação

Mas eu não vou, vou, vou.”

Mesmo pra quem não é fã, recomendo assistir esse breve documentário, principalmente para conhecer a Amy que nunca lhe foi apresentada. Eu sabia que ela tinha uma “mente perturbada”, mas não sabia o quão intenso isso era. Com certeza fará uma grande falta para o universo musical.

Segue o trailer de chamada e lançamento. Confiram!

Ótima leitura!