terça-feira, 19 de janeiro de 2016

[Resenha #17] - A Aventura do Pudim de Natal


Hoje a resenha é de um livro escrito por uma das melhores autoras dos romances e mistérios policiais, Agatha Christie.
Confiram agora as histórias que fizeram nossos queridos Hercule Poirot e Miss Marple usarem suas massas cinzentas com muita intensidade.


O livro narra seis histórias distintas, iniciando no Natal e passando para o dia a dia normal de Londres.

O primeiro mistério conta a história de um jovem príncipe, que teve um valioso rubi roubado por sua prima, que futuramente seria sua esposa. Sabendo dos incríveis casos solucionados pelo famoso detetive Hercule Poirot, juntamente com o seu secretário Jesmond, embarcam para Londres e convencem o detetive a tratar do caso. Suspeitando que o rubi encontrava-se em Kings Lacey, eles ajeitaram as coisas para que Poirot fosse recebido na casa da família.
Chegando lá, antes da ceia, o detetive recebe um bilhete dizendo para não comer o famoso pudim de natal, pois corria sério risco. Se não bastasse essa preocupação, na noite seguinte um suposto assassinato acontece no quintal da casa. A pequena Bridget foi encontrada desfalecida em meio a neve, mas Poirot não ficou muito convencido com o que estava vendo. E agora, será que esse mistério será solucionado? Além disso, onde andará o rubi que Poirot foi procurar?

O segundo começa com o corpo de Arnold Clayton encontrado dentro de um antigo baú, dentro de sua própria casa. Seis pessoas reunidas para uma festa. Cinco vivas e uma que ninguém notou naquela sala. A princípio Poirot não estava envolvido no caso, mesmo querendo muito, e por uma sorte do destino, foi apresentado para Margharita, viúva de Arnold, que solicitou muito a sua ajuda. E claro, ele aceitou de imediato.
Analisando o local do crime e o famoso baú, descobriu que o mesmo tinha uns buracos feitos nos cantos, por uma faca ou algo assim, e que uma tela foi deslocada para escondê-lo dos convidados. E a pior parte estava por vir: Arnold estava vivo dentro do baú, mas foi encontrado morto pelo mordomo. Quem teria motivos para matar aquele homem? Seus amigos próximos, seus familiares, sua esposa ou seu mordomo?

O terceiro mistério começa quando Lily Margrave procura Poirot, a pedido de sua patroa, Lady Astwell, para ajudar a resolver o assassinato mal explicado de seu patrão Sir Reuben Astwell. O mesmo foi encontrado ao lado da escrivaninha por uma empregada, que entrou no escritório como de costume. O sobrinho do casal é o principal suspeito, já que é um dos herdeiros e foi o último a ver o tio, mas Lady Astwell tem certeza que foi outra pessoa, através de sua intuição feminina. No meio da investigação, o irmão de Reuben aparece na história. Alguns dias antes do crime, os dois tiveram uma discussão feia no escritório. E agora com o aparecimento de um objeto na escada da torre do escritório, o crime poderá enfim ser solucionado.
Mas será que a intuição de Lady Astwell realmente aponta para o verdadeiro culpado? O sobrinho, apesar de jovem e astuto, teria mesmo interesse na morte do tio? E Poirot conseguirá descobrir os motivos que levaram a esse assassinato?

 “Mas, na verdade, não sou um caso mental – apenas um homem apaixonado pela ordem e pelo método, que se preocupa quando se depara com um fato que não se encaixa”.

Um homem reservado, calado, que sempre comia no mesmo restaurante as terças e quintas. A mesma comida e no mesmo horário. Assim começa a quarta história.
 Mas certo dia esse homem idoso de nome Henry vai ao restaurante na segunda e pede uma comida que nunca havia pedido: pudim de amoras pretas. Aparentava estar muito perturbado e sem saber o que estava fazendo. Três semanas depois o velhinho do restaurante foi encontrado morto em sua casa e os médicos disseram que foi acidental. Mas Poirot não estava nada convencido com os fatos apresentados.
O mesmo só tinha um parente vivo, seu sobrinho George Lorrimer. Uma carta encontrada no bolso da vítima estava com o nome do sobrinho no remetente e dizia que não havia conseguido obter êxito com o seu outro tio Anthony, e que o mesmo pedia para esquecer as águas passadas que os mantiveram longe por um longo tempo.
E agora só resta descobrir a verdade e os motivos que levaram a morte do podre velhinho solitário.

Sonhar com o seu próprio suicídio é algo possível? Mas e se sua a morte acontece exatamente como sonhara semanas antes, ainda sim é algo fantasioso? Mais um caso conturbado para Hercule Poirot nesse quinto mistério!
Benedict Farley, um milionário excêntrico, que morava em uma casa que muitas pessoas não sabiam onde ficava e nem quem eram os habitantes da mesma. Certo dia esse homem chama Poirot para lhe apresentar os fatos de seu sonho. A princípio o detetive não consegue ajudar o homem, pois não era sua especialidade interpretar os sonhos.
Dias depois o milionário foi encontrado morto em seu escritório. Será que teve mesmo coragem de se suicidar, conforme havia feito em seu sonho? Todos acreditavam que sim, mas como sempre, nosso pequeno detetive não tinha essa mesma certeza, principalmente quando um objeto é encontrado na rua abaixo da janela onde o escritório estava localizado.

Já a sexta história acontece na mansão nomeada como A Extravagância de Greenshaw. O Sr. Bindler tem grande interesse em relíquias antigas, e por meio de Raymond West chega até a famosa casa. A Sra. Greenshaw anuncia em alto e bom tom que deixará sua herança para sua fiel empregada e dias depois a mesma é morta com uma flecha lançada diretamente em seu pescoço. Todos desconfiam da empregada, mas a mesma estava trancada em seu quarto no momento do crime. Miss Marple toma conhecimento do assunto e de imediato percebe que a Sra. Greenshaw não é quem todos pensavam que fosse.
E agora, quem mais teria interesse nessa herança?


Eu amo Hercule Poirot e adorei a sua aparição nos cinco mistérios. Ao contrário de outras resenhas que li, eu gostei muito desse livro, apesar de ser bem simples com narrações curtíssimas.
É diferente quando você lê uma história só, com vários personagens suspeitos. Mesmo assim, Agatha não perde a essência do suspense e isso faz com que qualquer história sua seja deliciosa. As pistas, os suspeitos, as deduções de Poirot e Miss Marple são bem elaboradas, de um jeito que nossas massas cinzentas querem interagir mais e mais com cada caso.

Não tem como falar muito das histórias senão acabarei dando muitos spoilers (acho que até falei demais rs), mas para quem quer iniciar nesse universo de suspense e romance policial, esse é um bom livro pra começar. A escrita é mais simples e de fácil entendimento.
Sou suspeita pra dar mais opiniões. Agatha é uma das minhas autoras preferidas!


Para saber mais informações sobre o livro e a autora, acesse o Skoob clicando aqui.



Ótima leitura!

6 comentários:

  1. Ju!
    Qualquer livro da Ágatha é sempre maravilhoso!
    Gosto desse também, embora sejam pequenos contos de mistérios. É que estmos acostumados com um história apenas em cada livro e acompanhar fervorosamente a resolução do caso.
    Aqui é mais rápido.
    “Só sei que nada sei.” (Sócrates)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
    Participe do TOP COMENTARISTA de Janeiro, são 4 livros e 3 ganhadores!

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    1. Oi Rudy!
      Concordo com você. Os livros dela são incríveis! Claro que histórias completas são mais emocionantes, mas esses contos me conquistaram!
      Bjs :)

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  2. Oi linda!!!
    Amei seu cantinho porque tem espírito libertador!!!
    Bjs no seu coração.
    EUZINHA
    http://janalaceiras.blogspot.com.br

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    1. Oi Jana!
      Que bom que gostou! Obrigada pelo comentário e seja bem vinda ao nosso mundo!
      Já estou indo conferir seu cantinho.
      Abs!

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  3. Os livros da Agatha são sempre maravilhosos, os mistérios sempre muito bem executados e a gente fica tentando acertar quem é o culpado, eu adoro! Eu não li esse livro de contos ainda, mas fiquei super empolgada com a sua resenha, tb adoro Hercule Poirot e seu jeito todo especial de resolver os casos policiais, parabéns pela resenha e pelo blog, acabei de conhecer, e gostei muito! Bjão!

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    1. Oi Adriana. Concordo plenamente! Amo todos os livros da Agatha, sendo contos ou histórias completas! Se tiver oportunidade leia sim. Ele é bem curtinho e a escrita bem simples! Hercule é demais!! Queria um avô igual a ele rs.
      Abs e obrigada pela visita :)

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